Antes de escrever gostaria de dizer que não estou conseguindo responder as perguntas deixadas no blog, bloqueia, peço mil desculpas, deixo meu email alessakravitz@hotmail.com, no assunto coloquem blog. Abração Ale
Aquisição da linguagem pelas crianças deficientes auditivas
Em todas as crianças a interacção verbal e não verbal inicia-se nos primeiros dias. Os problemas que se põem dependem do tipo de surdez, e se esta é adquirida antes ou depois da iniciação da linguagem, ou depois da aquisição da leitura e da escrita. Se a surdez aparece quando a criança já domina as bases da linguagem e começou a aprender a ler, o desenvolvimento pode ser normal, tendo precaução e utilizando técnicas de reeducação.
Apesar do choque psicológico não desprezível e que pode determinar perturbações psicóticas por vezes graves, mas curáveis, a criança pode aprender a inserir-se numa vida normal .
Se a surdez aparece antes da aquisição ou do início da aquisição da leitura e da escrita, a linguagem pode deteriorar-se rapidamente. A reeducação pode, contudo, limitar consideravelmente o défice.
Se ela surge antes do aparecimento da linguagem falada a situação da criança reduz-se praticamente à do surdo congénito.
A aquisição da linguagem é o problema primordial da criança surda. No caso do défice mais grave, o da cofose, a criança surda é muda, porque é surda.
Segundo H. Furth e J. Younisse e admitido por todos os especialistas, não existe criança surda típica, cada caso levanta problemas específicos. Podem-se contudo realçar muitos traços comuns.
A maior parte destas crianças nascem de pais que ouvem. Ficam portanto afastadas das comunidades de surdos até à idade que lhes permite uma certa autonomia e uma inserção social independente do meio familiar. São pois, inicialmente, crianças sem linguagem e a linguagem gestual utilizada em tais comunidades é para elas uma "língua materna" como poderia ter sido no caso de terem sido expostas a ela desde a primeira infância. É importante estabelecer aqui uma distinção entre a linguagem oral e gestual.
A linguagem gestual permite, sinais sincréticos ou com um valor de significado global cuja compreensão dispensa uma recodificação na escrita, recodificação que pode ser estabelecida mais tarde.
É por intermédio destes sinais sincréticos, que a criança surda educada num meio de surdos pode chegar a uma linguagem gestual elementar anterior a uma linguagem gestual recodificada a partir do sistema de grafia. Todavia, habitualmente não é esse o caso, pois os pais auditivos normais ignoram essa linguagem e só descobrem bastante tardiamente a extensão real do défice auditivo do filho. É por isso, que os surdos congénitos devem ser considerados na primeira infância, isto é, durante o período normalmente destinado, do ponto de vista biológico, à aquisição da linguagem, como crianças sem linguagem, no sentido estrito do termo, portanto sujeitos a perder todas as etapas privilegiadas da sua aquisição.
Estas crianças elaboram contudo, e de uma maneira espontânea, gestos e comportamentos simbólicos que utilizam com realidade na sua vida quotidiana. Isto parece confirmar em certa medida a hipótese de Piaget de uma função simbólica ou simiótica anterior à linguagem e na qual se baseia normalmente a sua construção. Mas tais crianças têm a falta do contributo poderoso do ponto de vista da estruturação da vida mental e intelectual que é um sistema simbólico "pré-fabricado". É esta falta que as diferencia especificamente das outras crianças e o seu desenvolvimento intelectual deve ser considerado à luz desta condição especial.
A apreciação exacta das suas faculdades foi durante muito tempo afectada pelo preconceito, segundo o qual, a ausência de qualquer linguagem adquirida do exterior e assimilada para gerar nelas a fala interior, comprometia o seu desenvolvimento intelectual.
O enfraquecimento destes preconceitos deve-se tanto ás investigações recentes, como a uma modificação nas concepções teóricas que tendem a separar o pensamento da linguagem.
Depois de ter recordado que a aprendizagem da linguagem provinha, essencialmente, das funções integradoras do cérebro, Fry acrescenta que a base do sistema fonológico é a organização do sistema nervoso central, que resulta mais da informação acústica do que da natureza das vibrações acústicas. Esta constatação, acrescenta ele, é da maior importância para compreender a situação das crianças que nascem com défice auditivo, já que uma deficiência do ouvido não implica uma deficiência do cérebro.
Grande parte das investigações podem situar-se na perspectiva defendida por Furth: os surdos têm uma inteligência semelhante à dos ouvintes e as diferenças encontradas são devidas a deficiências no conjunto das experiências vividas pela criança surda. Esta atinge o mesmo nível que o ouvinte, ainda que com um certo atraso, já que o desenvolvimento intelectual não depende do desenvolvimento linguístico.
Uma pessoa anônima,que erra, acerta, tem sonhos, se deprime, debocha, da gargalhadas,chora! Um blog que contará algumas passagens,pensamentos de como é ser mãe de um pequeno Autista! Com intuito de ser verdadeiro, sem medo de ser politicamente (in)correto, não quero agradar ou desagradar os gregos e troianos. Eu existo...Nós existimos Eu, um filho de 11 anos e meu pequeno autista de 8 anos. Unidos pelo coração e genética. Como sou conhecida? "- Ah! Aquela que é a Mãe do Autista!!!!!"
A Mãe do Autista
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Tia Ale, adorei conhecer esse blog!! É muito bom ler coisas novas, para aprendermos como fazer os gestos entre outras coisas com o GUIGUI!!!
ResponderExcluirBeijão Maria Carolina Delfino Rosa