Viajar pra um lugar desconhecido com meu filho autista de 10
anos sempre foi um desejo, mas coragem era o que faltava.
Sabíamos que dentro do carro seria tranquilo, o problema
seria ficar nos hotéis; pois tivemos uma experiência desagradável em uma viagem
para Rio Negrinho, SC, onde fui participar de uma mostra de dança, e ele não
quis entrar no hotel, só depois que dormiu.
Durante os dias que antecipavam a viagem eu mostrava fotos
do hotel, dizia em sinais quem iria viajar que era de carro e que era longe.
Saímos de Florianópolis para Montevidéu no Uruguai. Enquanto
o carro andava não havia problemas, nossos maiores desafios foram as paradas
onde em cada lugar ele queria presentes, e aí explicar que não podia, ou era
caro, não tinha como, e gastamos muito dinheiro nisso.
Dormimos em Pelotas, e uma hora antes de chegar demos
remédio, então já chegou sonolento no hotel, colocamos a tv no Discovery Kids,
apagamos a luz como fazemos em casa e logo dormiu. Pela manhã já saímos de
carro. Mas estava ansioso,não comeu , queria sair do hotel.
Fizemos uma parada em Rio Branco; onde tem um free shop, ele
queria entrar em todas as lojas e levar tudo, e nesse lugar ele já estava
surtando, chorando , resmungando, descontrolado, então foi um ponto bem
estressante pra gente, e ficamos no carro com ele enquanto o grupo terminava as
compras e comia.
Voltamos à estrada, fizemos o mesmo esquema antes de chegar a
Montevidéu que já era noite de dar o remédio; só que ele viu o Mac Donalds; e ficou
fazendo sinal de sanduíche, estava faminto, e chegou ao hotel nervoso,mas comeu e foi pra cama.
No hotel havia piscina, e nós já o escolhemos por isso, pois sabíamos que não iríamos conseguir acompanhar o grupo, e já fomos cientes disso.
Das vezes que tentamos caminhar ou queria entrar nas lojas pra comprar “presente” ou era pra ir ao Mac Donalds porque no fim foi a comida que escolheu em Montevidéu, enquanto havia bufê no caminho escolheu o que ia no prato; depois ficou só nos Doritos da vida. O banheiro trancou o número 2,fez só xixi.
Na noite de sábado conseguimos jantar e dar uma caminhada porque enquanto dormia minha mãe ficou com ele.
Durante a viagem de carro foi tudo muito tranquilo, as paradas foram caras, a piscina e a banheira nos salvaram, mas foi 24h em função dele.
Ele tentou colocar objetos nos bolsos nas lojas, mãos pra fora da janela do carro; fez xixi na borda da piscina, entre outras coisas.
Ontem enquanto dava banho sinalizou que queria passear longe, rsrsrs!
E essa foi a nossa aventura; esperávamos que fosse mais difícil; mas viajar com ele é estar ciente que só podemos fazer as coisas limitadas e curtir que ele curte. Mas foi uma vitória!
È preciso coragem; companheirismo e muito bom humor!
E claro não posso deixar de dizer que o padrasto do Gui foi o grande incentivador dessa Trip e segurou as pontas todo momento.
E claro não posso deixar de dizer que o padrasto do Gui foi o grande incentivador dessa Trip e segurou as pontas todo momento.
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