Outro dia num Fórum do Orkut, começou uma discussão calorosa, falando sobre casais de crianças especiais e aumento de separação.
A alguns que se pronunciaram dizendo "a tá quer dizer que a culpa agora das separações é isso".
Qdo estamos diante de uma situação assim ( filhos especiais) as coisas já não são mais as mesmas, pois exige um grande equilíbrio emocional, e não julgando, nem todos tem condições psicológicas de assumir tal responsabilidade, caso contrário todos seríamos terapeutas, médicos, psicólogos, etc.
Uma coisa é obrigação moral, legal, e outra falamos de seres humanos, que estando diante de uma situação dessa muitas vezes caem fora. Não conseguem suportar.
O mais interessante é que são sempre as mães que assumem, qdo isso acontece, por que seria?
Eu conheço dois pais que assumiram filhos especias, apenas dois.
Essa semana mesmo houve uma briga gigantesca em casa, pq por questões de trabalho ficamos sem salário de dezembro a março mais ou menos, mas sempre houve uma reserva pra esses meses, esse ano já não teve, foi tudo gasto em médicos e terapias.
Ele, esta sem terapia desde dezembro por falta de dinheiro, e o pai dizia que não ia pagar terapia porque precisava "por dinheiro de lado", pq não podíamos passar mais um fim de ano sem nada, nas costas dos parentes.
E eu gritava que meu filho vinha em primeiro lugar, e que tinha que fazer terapias sim!
E logo fui afirmando " Que se ele quisesse que fosse embora, porque diante do meu filho ele não significava nada pra mim".
São visões de angulos diferentes o coração e a razão, ou melhor a realidade!
E o pior que o pequeno estava junto no carro, ouvindo todos aqueles disparates!
Bati a porta do carro e sai...com tanta fúria, que não consegui enxergar nada pela frente,tive dificuldade de atravessar a rua. Ia ver se conseguia uma vaga para trabalho, que não deu certo.
São 2000 reais em média todo mês(custo com terapias, plano de saúde, escola, só pro menino autista), aqui temos pais/avôs abençoados que nos ajudam como podem pra completar o salário, e quem não tem?
Passado o alvoroço...estamos deixando a poeira baixar, tentando achar soluções pra resolver esses problemas monetários e emocionais.
Quem não deve ter esquecido a cena foi o pequeno... assim que cheguei pedi desculpas e tentei explicar, (embora continuava a pular e não olhar nos olhos), mas falei mesmo assim, que o problema daquilo tudo não era ele, eu o pai e sim todo um sistema na qual estamos inceridos que não nos da suporte físico nem emocional.
Uma pessoa anônima,que erra, acerta, tem sonhos, se deprime, debocha, da gargalhadas,chora! Um blog que contará algumas passagens,pensamentos de como é ser mãe de um pequeno Autista! Com intuito de ser verdadeiro, sem medo de ser politicamente (in)correto, não quero agradar ou desagradar os gregos e troianos. Eu existo...Nós existimos Eu, um filho de 11 anos e meu pequeno autista de 8 anos. Unidos pelo coração e genética. Como sou conhecida? "- Ah! Aquela que é a Mãe do Autista!!!!!"
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