A Mãe do Autista

A Mãe do Autista
...Investi tudo naquele olhar...Tantas palavras num breve sursurrar...paixão assim não acontece todo dia!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011


Chameguinho de verão, é só eu estender a toalha pra pegar um sol, e supt lá esta ele !
Cheio de beijos e abraços...esta lindo super bronzeado, ir pra praia não deu certo, mas a piscina inflável que eu comprei um verdadeiro milagre rs!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Drops de verão II

O papo todo começou porque finalmente o Martín(7 anos),estava todo contente por deixarem colocar suas músicas do mp3.
O Gui como de costume puxou o irmão para rede, o irmão balança , da uns solavancos e ele cai na gargalhada, só que ir com o irmão .Também só ele sabe fazer como ele gosta.
Sentamos todos juntos, eu numa cadeira e eles na rede, nós na maior cantoria do Balão Magico, e ele ali só rindo dos solavancos da rede.
Foi onde eu falei que eu me sentia frustrada por gostamos tanto de dançar, cantar, de ouvir música e o Gui pela surdez não conseguir ter esse prazer conosco.
O Martín dizia que sentia pena por isso tbém...
Aí me perguntou se ele podia estudar na mesma sala que o irmão na universidade.
O que poderia eu responder, simplesmente disse que não sabia se o Gui conseguiria chegar até la! Mas que ele poderia estudar muito, ser pesquisador para ajudar a amenizar os problemas dos autistas.
Ele com os olhos cheios de água disse, mãe eu tenho muito medo que judiem dele.
Eu eu não contive as lágrimas de tanta emoção de ter um filho, uma criança tão sensível ao meu lado, que sorte a do Guillermo !

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Avaliação da Avaliação da Disciplina de Musicalização

Semestre passado (primeiro de 2010) na avaliação do meu filho, solicitei a presença da terapeuta ocupacional no meu lugar, pois como havia feito a primeira troca de professoras, achei que seria mais interessante o olhar técnico dela, além de repassar informações e orientações para nova professora.Não pegamos as avaliações por escrito, por esquecimento.
Mas elas vieram junto com as do segundo no vim do ano.

Essas avaliações despertou-me várias hipóteses, durante minha “fala”perceberão as coisas que vieram escritas:

A Primeira:
Acho que houve algum engano na avaliação, acho que meu filho não esta nessa turma.

Preciso saber, qdo perceberam, que ele, o meu filho, aprecia quantidade e numeração? De que forma demonstra isso?

Meu filho tem distúrbio na comunicação não fala nada!
Como reproduziu melodias simples, pequenas, como reconheceu-as? Qdo começou a perder a inibição do canto em grupo? “Autista, grupo?...’ um tanto suspeito!

Quais os instrumentos lhe atraí?

“Cria imagem mental dos sons dados por instrumentos, agrupa elementos sonoros diversos, canta na altura correta em tons graves e grita em tons agudos”.

E o melhor de toda avaliação :
“Mostra desinibição com o uso do microfone”..hahaha essa foi a melhor!

Caro professor você conclui a avaliação do primeiro semestre dizendo que comprovou com total êxito todas as colocações acima expostas na pratica diária com este grupo,sem exceções!!!

Já no segundo semestre diz que atingira, os objetivos traçados como foram além , reproduzindo ideias sonoras, motoras... entre outras coisas...

Caramba professor,achei que viria algo dizendo, que meu filho não participava, mostrava desinteresse,fuga para o parque, não havia progredido na fala, não descriminava sons, e ainda me orientava para leva-lo a algum especialista, para avaliação.

Afinal dentro das diretrizes para atividade de musicalização 2010, foi listado vários benefícios que a atividade de musicalização trazia. A firmou que passado o processo de ambientação dos grupos, o aluno desenvolveria várias capacidades que foram listadas em uma folha e entregue para os pais .
Minha pergunta, levando em conta os 2 anos de atividades com o Gui, dentro da sua visão técnica quais os capacidades que ele conseguiu desenvolver dentro desse período?

O que vc percebeu em relação a ele?
Foi possível detectar algum problema auditivo?
Dentro das estratégias apresentadas, alguma lhe desperta interesse? Há interação?
Quais os sons chamam atenção?(agudos/graves).
Quais os instrumentos chamam atenção?


Eu já havia solicitado via email a escola uma avaliação:

“Gostaria de saber se há alguma avaliação formal sobre ele, gostaria muito do retorno de um relatório, ou mesmo avaliação.
Sua opinião e observações é de estrema importância para esse processo, pois continuamos fazendo investigação em relação ao caso do Gui.
E acredito muito na sensibilidade de quem trabalha com musicalização, para detectar outros problemas.
Das vezes que estive na escola , não foi possível conversarmos, eu já havia solicitado via agenda um horário, mas não obtive retorno, como agora estou realizando novamente todos os exames no ouvido, acredito que suas observações conte muito.”

E eu esperei muito por essa avaliação acredite, mais que qualquer uma que ele estivesse submetido.

São nesses pequenos detalhes que se vê como anda a inclusão na escola.

Segunda hipótese:
Se meu filho foi desta turma é possível verificar um grande exemplo de descaso, ou mesmo de exclusão.
Esqueceram de fazer a avaliação de musicalização do único menino especial da turma, ele não despertou se quer alguma atenção.
Um descuido, uma bola fora, talvez...

Um aluno especial requer uma avaliação separada, ainda mais um autista cheio de particularidades comportamentais.
Senti-me envergonhada, como profissional ao ler as avaliações dessa disciplina.
Ainda mais depois de conseguir que profissionais de várias áreas fossem na escola um sábado a cada mês promover um ciclo de palestras sobre autismo,.com apoio da coordenadora da escola (que sempre esteve presente, e mostrou-se dedicada e interessada; mas é complicado qdo não se há interesse em geral, fui testemunha do esforço dela pra trazer o povo da escola pras reuniões) .

Ainda em tempo, nenhum professor que trabalhou diretamente com meu filho na escola participou de alguma palestra, somente a primeira professora , que já nem trabalhava mais com ele esteve presente.

Como mãe, triste por meu marido dar aulas das 8h as 22h sem parar ,dando o couro pra pagar em dia a escola, ou melhor o serviço prestado por esse profissional.
E agora frustrada por saber “mais” um problema do meu filho:


Além de autista, surdo...agora tbém é invisível!

Por todos os petis em inclusão:
A Educação infantil não é brincadeira, não deveria ser “um bico”, lidamos como os mais preciosos seres humanos em formação.
A qualidade na inclusão não é um favor é um direito adquirido.
O objetivo nesta “avaliação da avaliação” do meu filho não é malhar o “judas”, no caso esse professor. Que por ética não citarei seu nome, nem o nome da escola, quem me conhece saberá qual é.
Mas apenas alertar os pais da importância de estarmos ligados naquilo que nos é oferecido, e lembrar que a inclusão não é apenas aceitar nossos filhos na escola e deixá-los sacudindo-se no canto da sala.

“A política da inclusão deve essencialmente assegurar a existência de aprendizagens adequadas ou outras experiências positivas. Não é simplesmente determinar “onde” um indivíduo é educado ou recebe serviços ou apoio, é saber qual a qualidade e relevância desses serviços.”

A inexistência de informação sobre o desenvolvimento escolar do aluno com necessidades educacionais especiais segundo o sociólogo francês Pierre Bourdieu, é uma situação de “excluídos do interior: alunos que podem até estar dentro do sistema de ensino, mesmo em escolas comuns, mas permanecem excluídos em relação à perspectiva de progresso escolar, para si mesmos e para os formuladores de políticas.”
Não estou criticando a escola como um todo, quis apenas mostrar um detalhe que faz diferença, dentre tantos outros , mas esse me perdoem foi gritante!

Numa turma com 10 crianças, ele simplesmente fez uma avaliação para todos, colaram na agenda e a outra veio na pastinha.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Drops de férias de verão

O natal foi show, e Gui comportou-se bem dentro do limite dele.

O que mais me chamou a atenção, é que ele não passou por desapercebido, sempre muito comunicativo, tentando se comunicar e sempre junto da molecada.
As vezes não interagindo diretamente, mas fazendo questão de estar junto com o grupo, feliz sorridente, indo onde todos iam.
Sempre com companhia para montar os quebras cabeças que foi ganhando pelo caminho, bem legal!



Voltamos o drama da praia!rs
Não tem jeito...quer sempre fugir, ainda mais se tiver um chuveiro, ai esquece! Só teve um único dia que ele ficou mais tempo , foi qdo a madrinha dele a Tamara estava e com ela meninas mais velhas , e como ele as adora , brincou muito entre a água e e onde estávamos sentadas, sem debandar pro chuveiro. MAs foi por uns 40 mim talvez depois fugiu!rs


Já estamos em outra casa, na minha mãe, ele dessa vez não se interessou em fugir pelo portão,( a dois anos era o caos) além do irmão tem outras crianças tbém, e esta sempre com eles.
Hoje montei a piscina e ficou a tarde toda na água, com a molecada.
Ano passado ele entrava e saía da água e fazia aquela lambança.


Festa de ano novo, depois da minha tia gradear todo muro , foi maravilhoso, não adiantava tentar fuga pq não ia rolar.
Enquanto o povo dançava ele andava por lá comendo uva, todo mundo apertando e passado a mão. Zanzou pela festa até pegar no sono.




Nem tudo são flores, depois de tanta troca de casa, banheiro é uma coisa que não existe pra ele, elegeu cantos da casa para fazer o 1 e 2 .
Voltou a se enfiar em baixo do chuveiro, e no meu pai descobriu o tanque.
Começou a chutar a cachorrada pincher da família (estou bege!!!!!), como ele não ouve o ganido delas, imaginamos que ele acha legal vê-las voando ...aff.

Ele ganhou uma cachorra, mas isso é um livro a parte, hoje a pobre deu um salto do chão para borda da piscina, e ele apareceu do nada e mandou a bichinha pra água !!!!!!!

Ontem ele estava quase dormindo , ela pulou na cama foi por cima do travesseiro e deu umas lambidas na cara dele! Ohhhhhhh muito fofo ele sentou olhou pra ela e caiu na gargalhada, e eu achei que ele ia mandar ela pra fora do colchão, que nada voltou a deitar e ela ficou por ali!