Basta circular pela cidade de Florianópolis que é possível
ver banner e outdoor fazendo publicidade das escolas particulares em geral.
Diversas filosofias, métodos, até bilíngües, mas se observarem
nenhuma em sua publicidade, tem como elemento um aluno portador de necessidades
especiais ou negro.
Inclusive uma instituição que leva o nome de um Ilustre “Negro”
da nossa sociedade infelizmente também esta na lista!
Então o que eu posso pensar como professora ou mãe é que
realmente não se importam com a inclusão ou mesmo com as diferenças. Elementos
que passam invisíveis dentro desse sistema, quando se observa uma publicidade
assim.
Diz o 26°/2 Artigo da Declaração dos direitos Humanos:
“A instrução será orientada no sentido
do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do
respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução
promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e
coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz”
Segundo
LODI e ARAÚJO, 2007; a melhor maneira de ensinar os alunos é estimulando reflexão e vivências,Mais do que discursos,
são práticas,o exemplo a convivência a reflexão, em situações reais que farão
com que os alunos desenvolvam atitudes coerentes em relação aos valores que
queremos ensinar
Por
isso, o convívio escolar é um elemento-chave na formação ética dos estudantes.
É
claro que nessas escolas existem alunos Negros ou mesmo Portadores de Necessidades
Especiais, a questão aqui é a prática e o discurso; a exclusão e descriminação
reforçada na publicidade da escola um espaço onde pelo menos por lei todos
deveriam ser iguais.
Por que não esta no grupo da foto uma criança negra, uma
menininha com síndrome de Down, outras duas simulando Libras, cadeirante e por
aí vai!
Até nas revistinhas do Maurício de Souza encontramos
incluídos no grupo novos personagens que mostram essa nova realidade.
Do que adiantaria ter um filho bilíngüe, “decoradíssimo”
para vestibular se não aprendeu a viver com as diferenças e respeito ao próximo?
Infelizmente isso é para poucos! Infelizmente é a realidade que nos apresentam.
Eu gostaria de me calar, mas como Educadora não posso deixar
passar despercebido.