A Mãe do Autista

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...Investi tudo naquele olhar...Tantas palavras num breve sursurrar...paixão assim não acontece todo dia!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Muito Além dos Outdoors – Inclusão na Publicidade




Basta circular pela cidade de Florianópolis que é possível ver banner e outdoor fazendo publicidade das escolas particulares em geral.

Diversas filosofias, métodos, até bilíngües, mas se observarem nenhuma em sua publicidade, tem como elemento um aluno portador de necessidades especiais ou negro.
Inclusive uma instituição que leva o nome de um Ilustre “Negro” da nossa sociedade infelizmente também esta na lista!

Então o que eu posso pensar como professora ou mãe é que realmente não se importam com a inclusão ou mesmo com as diferenças. Elementos que passam invisíveis dentro desse sistema, quando se observa uma publicidade assim.

Diz o 26°/2 Artigo da Declaração dos direitos Humanos:
“A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz”

Segundo LODI e ARAÚJO, 2007; a melhor maneira de ensinar os alunos é estimulando  reflexão e vivências,Mais do que discursos, são práticas,o exemplo a convivência a reflexão, em situações reais que farão com que os alunos desenvolvam atitudes coerentes em relação aos valores que queremos ensinar 

Por isso, o convívio escolar é um elemento-chave na formação ética dos estudantes. 

É claro que nessas escolas existem alunos Negros ou mesmo Portadores de Necessidades Especiais, a questão aqui é a prática e o discurso; a exclusão e descriminação reforçada na publicidade da escola um espaço onde pelo menos por lei todos deveriam ser iguais.

Por que não esta no grupo da foto uma criança negra, uma menininha com síndrome de Down, outras duas simulando Libras, cadeirante e por aí vai!
Até nas revistinhas do Maurício de Souza encontramos incluídos no grupo novos personagens que mostram essa nova realidade.
Do que adiantaria ter um filho bilíngüe, “decoradíssimo” para vestibular se não aprendeu a viver com as diferenças e respeito ao próximo? Infelizmente isso é para poucos! Infelizmente é a realidade que nos apresentam.
 Eu gostaria de me calar, mas como Educadora não posso deixar passar despercebido.