No início de abril fui a uma reunião dos pais na Apae, eram os professores e especialistas , falando do trabalho e objetivos da Estimulação Precoce, como o nome a ja induz são trabalhos feitos desde bebes, já assim que os pais detectam que há algo estranho no desenvolvimento do filho.
Meu objetivo ali era dar um depoimento, sobre minha experiência como mãe que pessou pela estimulação, pq temos que ficar junto com as crianças.
Como mãe que passou pela estimulação, não tem como não se emocionar com os olhares dos "novos pais" que ali estavam, afinal ninguém esta preparado para ser "pai especial ", é o tipo da coisa que só se aprende no decorrer da vivência, e mesmo assim muitos passa o resto da vida sem saber e querer sê-lo.
Passar por cima do próprio preconceito, essa a parte mais difícil, foi difícil pra mim atravessar os portões daquela escola especial, ainda mais que era pro meu filho, mas foi nela que aprendi a ser Mãe Especial.
Não era simplismente uma rotina, era como viver no mundo do meu filho-os das pessoas com "problemas mentais", e ali ia do grau leve ao mais severo.
Era viver tbém com todos aqueles que dedicam-se em ajudar e acreditam no potencial e desenvolvimento dessas pessoas .E estar junto de pessoas que acreditam no outro, no ser humano é uma das mais importantes vitudes. E é isso que te fortalece estar ali ouvindo histórias de superação, e muito amor.
Do ponto de ônibus, qdo estava indo pra casa, observava aqueles profissionais com seus jalecos, pessoas tão jovens, de diferentes etnias, diferentes formações...o Gui tinha um pouquinho deles, fragmentos de personalidades, do profissional, do humano.
E fiquei ali por uns instantes apaixonada por aquele grupo, pelos seres humanos que são, por dedicar sua vida para pessoas com deficiência intelectual ,acreditar em seu potencial.
E convencida de vez que o amor e a dedicação, o cuidado pelo outro ainda é a fonte de energia para todos nós que vivemos esse mundo!
Uma pessoa anônima,que erra, acerta, tem sonhos, se deprime, debocha, da gargalhadas,chora! Um blog que contará algumas passagens,pensamentos de como é ser mãe de um pequeno Autista! Com intuito de ser verdadeiro, sem medo de ser politicamente (in)correto, não quero agradar ou desagradar os gregos e troianos. Eu existo...Nós existimos Eu, um filho de 11 anos e meu pequeno autista de 8 anos. Unidos pelo coração e genética. Como sou conhecida? "- Ah! Aquela que é a Mãe do Autista!!!!!"
A Mãe do Autista
sábado, 5 de maio de 2012
Boas Novas
Eu li em algum lugar que o autista é como uma montanha russa, qdo ele atinge o pico é porque logo vem a queda.
Isso se dá a circunstância de estar sempre regredindo em coisas que já havia superado, é um treino constante. Espero não ser o pico da montanha russa! Mas essa semana meu filho me surpreendeu de várias formas, em atitudes e comportamentos.
Uma noite dei a janta pra ele, e fiquei no pc, qdo ele terminou , colocou o prato na pia! Fiquei pasma nunca ensine isso!
A outra foi que quinta-feira ele tinha médico na Apae, e estamos sem carro, então tinha que ir de ônibus, sai de casa rezando pra todos os santos possíveis. Ele sentou no ponto, não fez aquela confusão de querer entrar em todos os ônibus que passavam, porque eu usava Libras pra dizer que “não era o ônibus”, ”espera”, “calma”. Percebi um aumento significativo da tolerância dele, isso se dá muito pela comunicação, o ensino da Língua Brasileira de Sinais( língua dos surdos), foi um divisor de águas na história da nossa vida O ônibus estava lotado, inclusive os assentos reservados, mas ele sentou num degrau de um banco mais auto e foi bem quietinho, observando o trânsito.
Na médica ele sempre apronta todas, foge, etc., dessa vez sentou, eu tbém tinha levado os bonecos do Toy Stories que o acalmou muito, então ele só ficou brincando com água da torneira, e qdo fazia o sinal de sentar ele sentava.Foi bem controlável. Pegamos o ônibus novamente para levá-lo a escola, tranqüilo, entrou na escola e foi direto pra sala.
Todo o dia qdo chega da rua eu faço sinal do “banheiro” e ele vai, pro xixi, porque para o n° 2 é outra novela a parte. Hoje ele veio da casa da cuidadora e foi direito ao banheiro sem eu mandar. Parece coisa tão pouca, mas só quem é mãe de uma criança com tantas limitações, e aos poucos vê-los superando, é algo inexplicado, é divino.
Meu filho fará 6 anos em julho, e eu aprendi a segurar minha ansiedade em relação a ele, aprendi a respeitar o seu tempo e acreditar que todo investimento e tempo não acontecem de um dia pro outro. É muito difícil se desligar da idade cronológica, e tentar ficar comparando com as outras crianças em idades de desenvolvimento “normal”, mas o tempo também nos traz serenidade e sabedoria pra respeitar as limitações.
Estou muito orgulhosa do meu Guillermo, e venho aqui escrever isso pra dar um acalanto aos pais que acompanham essa minha trajetória. Servir de exemplo e acreditar sempre, estar ciente sim da “montanha russa”, dos dias em que choramos por achar que nada vai acontecer, tem dias que eu me desespero com a situação do n°2, que não esta dando certo, mas é uma coisa de cada vez!
Vim celebrar as coisas que estão dando certo, acredite no amor que é essa força que não sabemos da onde vem depois das noites mal dormidas qdo atacam os distúrbios de sonos deles
É importante o limite, por mais difícil que pareça, e é difícil manter a postura militar todo o tempo, mas é preciso, tenham coragem! O não também educa!
E pra mim, a minha bandeira, acreditar no beijo, no toque, no cheiro, no afago, no abraço, poxa são crianças tão humanas qtos as outras, se sentir amado, querido, protegido, ser aceito com suas limitações e “defeitos” tbém da suporte e confiança para o seu desenvolvimento.
Digo e brigo aqui em casa, a vida lá na frente não vai ser colorida e gentil para eles, então que a nossa casa seja esse útero, que a família seja esse afago, pois é nela que eles vão se apoiar, eu tenho lutado constantemente por um ambiente saudável na minha casa, que não é fácil, mas eu brigo!
Isso se dá a circunstância de estar sempre regredindo em coisas que já havia superado, é um treino constante. Espero não ser o pico da montanha russa! Mas essa semana meu filho me surpreendeu de várias formas, em atitudes e comportamentos.
Uma noite dei a janta pra ele, e fiquei no pc, qdo ele terminou , colocou o prato na pia! Fiquei pasma nunca ensine isso!
A outra foi que quinta-feira ele tinha médico na Apae, e estamos sem carro, então tinha que ir de ônibus, sai de casa rezando pra todos os santos possíveis. Ele sentou no ponto, não fez aquela confusão de querer entrar em todos os ônibus que passavam, porque eu usava Libras pra dizer que “não era o ônibus”, ”espera”, “calma”. Percebi um aumento significativo da tolerância dele, isso se dá muito pela comunicação, o ensino da Língua Brasileira de Sinais( língua dos surdos), foi um divisor de águas na história da nossa vida O ônibus estava lotado, inclusive os assentos reservados, mas ele sentou num degrau de um banco mais auto e foi bem quietinho, observando o trânsito.
Na médica ele sempre apronta todas, foge, etc., dessa vez sentou, eu tbém tinha levado os bonecos do Toy Stories que o acalmou muito, então ele só ficou brincando com água da torneira, e qdo fazia o sinal de sentar ele sentava.Foi bem controlável. Pegamos o ônibus novamente para levá-lo a escola, tranqüilo, entrou na escola e foi direto pra sala.
Todo o dia qdo chega da rua eu faço sinal do “banheiro” e ele vai, pro xixi, porque para o n° 2 é outra novela a parte. Hoje ele veio da casa da cuidadora e foi direito ao banheiro sem eu mandar. Parece coisa tão pouca, mas só quem é mãe de uma criança com tantas limitações, e aos poucos vê-los superando, é algo inexplicado, é divino.
Meu filho fará 6 anos em julho, e eu aprendi a segurar minha ansiedade em relação a ele, aprendi a respeitar o seu tempo e acreditar que todo investimento e tempo não acontecem de um dia pro outro. É muito difícil se desligar da idade cronológica, e tentar ficar comparando com as outras crianças em idades de desenvolvimento “normal”, mas o tempo também nos traz serenidade e sabedoria pra respeitar as limitações.
Estou muito orgulhosa do meu Guillermo, e venho aqui escrever isso pra dar um acalanto aos pais que acompanham essa minha trajetória. Servir de exemplo e acreditar sempre, estar ciente sim da “montanha russa”, dos dias em que choramos por achar que nada vai acontecer, tem dias que eu me desespero com a situação do n°2, que não esta dando certo, mas é uma coisa de cada vez!
Vim celebrar as coisas que estão dando certo, acredite no amor que é essa força que não sabemos da onde vem depois das noites mal dormidas qdo atacam os distúrbios de sonos deles
É importante o limite, por mais difícil que pareça, e é difícil manter a postura militar todo o tempo, mas é preciso, tenham coragem! O não também educa!
E pra mim, a minha bandeira, acreditar no beijo, no toque, no cheiro, no afago, no abraço, poxa são crianças tão humanas qtos as outras, se sentir amado, querido, protegido, ser aceito com suas limitações e “defeitos” tbém da suporte e confiança para o seu desenvolvimento.
Digo e brigo aqui em casa, a vida lá na frente não vai ser colorida e gentil para eles, então que a nossa casa seja esse útero, que a família seja esse afago, pois é nela que eles vão se apoiar, eu tenho lutado constantemente por um ambiente saudável na minha casa, que não é fácil, mas eu brigo!
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