Deficiência Mental* é um transtorno neuropsiquiátrico que acomete cerca de 3 % da população mundial. É duas vezes mais frequente nos meninos, congénita (a pessoa já nasce com essa alteração) e caracterizada por um funcionamento cognitivo (intelectual) abaixo da média esperada para a idade. Ou seja, a criança apresenta dificuldade nas chamadas habilidades sociais e adaptativas normais aos outros seres humanos, como a comunicação, a interação social, o autocuidado e o pensamento lógico e abstrato.
As causas podem ser genéticas (fenilcetonúria, síndrome de Down, síndrome do X frágil, Prader-willi,…) ou consequência de eventos traumáticos que aconteceram durante a gestação (uso materno de álcool e outras drogas), durante o parto (hipóxia perinatal) ou depois dele (desnutrição). Algumas doenças infeciosas adquiridas pela mãe durante a gestação (rubéola, toxoplasmose, sífilis,…) podem levar o bebé a quadros de deficiência mental. Além disso, outras patologias que acometem o Sistema Nervoso Central do recém-nascido (meningite) ou traumas cranianos graves (quedas do berço) em crianças pequenas. Apenas 50% dos casos diagnosticados a etiologia é conhecida, o que nos ajuda a prevenir novos casos e a aconselhar pais e familiares. A investigação das causas sempre deve ser feita com uma história familiar detalhada, além de alguns exames laboratoriais e de imagem cerebral.
Apesar da deficiência mental não possuir cura, isso não deve ser olhado negativamente, pois após o diagnóstico correto pais e familiares devem ser orientados e a criança estimulada dentro de suas limitações, seguindo acompanhamento e tratamento adequados. O reforço na aprendizagem das funções intelectuais, juntamente com a paciência e a repetição no ensino fazem com que o prognóstico seja melhor e novas funções sejam incorporadas ao quotidiano dessas crianças.
A deficiência mental é classificada de várias formas, inclusive levando em conta valores de coeficiente de inteligência (QI). Uma das classificações, mais utilizada atualmente, é a que denominamos a deficiência de leve, moderada ou grave, de acordo com o auto funcionamento. Por exemplo, na deficiência leve as crianças são capazes de promover o seu autocuidado sem ou com pouco auxílio, já na grave a ajuda tem de existir.
Algumas comorbidades médicas são comuns aos casos de deficiência mental. Dentre elas, dificuldades motoras de locomoção, dificuldades de atenção (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), episódios de agitação psicomotora e heteroagressividade, e epilepsia. Em todos os casos existem medidas comportamentais e medicamentosas que melhoram o transtorno.
Médicos e familiares têm por obrigação promover a melhor qualidade de vida possível dessas crianças, além de estimulá-las intelectualmente e defender a sua inserção social. Ter um filho é sempre estar presente na sua vida, na deficiência mental isso não é diferente.
Drª Thaís Zélia dos SantosPsiquiatra
In: Filhos e Cia
*Nota: Presentemente, o termo Deficiência Mental tem sido substituído por Dificuldade Intelectual e Desenvolvimental (DID).
Uma pessoa anônima,que erra, acerta, tem sonhos, se deprime, debocha, da gargalhadas,chora! Um blog que contará algumas passagens,pensamentos de como é ser mãe de um pequeno Autista! Com intuito de ser verdadeiro, sem medo de ser politicamente (in)correto, não quero agradar ou desagradar os gregos e troianos. Eu existo...Nós existimos Eu, um filho de 11 anos e meu pequeno autista de 8 anos. Unidos pelo coração e genética. Como sou conhecida? "- Ah! Aquela que é a Mãe do Autista!!!!!"
A Mãe do Autista
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