A Mãe do Autista

A Mãe do Autista
...Investi tudo naquele olhar...Tantas palavras num breve sursurrar...paixão assim não acontece todo dia!

domingo, 19 de maio de 2013

Transtorno Desafiador Opositivo

O Gui tem isso, tem horas que é muito pesado lidar com isso, pq claro além de toda limitação na comunicação que atrapalha imenso, é perceptível isso qdo ele olha pra gente com cara de safado e faz prositalmente.
Vc diz NÃO e ele faz novamente, e nota-se que ele entendeu, ele faz pra provocar é bem complicado isso!
Nesse sábado ele acordou irritado,no meu quarto tem um porta de vidro de correr que da pra rua , ele abriu com tudo , 6 da manhã .
Ai qdo é contrariado atira tudo longe, empurra, da soco na tela do pc, e qto mais se pede pra parar, ou briga faz cara feia, mais ele faz.
Nessa hora tem q se ter nervos de aço, eu saio de perto pra na dar "platéia", aliás todo mundo some.




Transtorno Desafiador Opositivo - O que é?

O transtorno desafiador opositivo é um transtorno
disruptivo caracterizado por atitudes e comportamentos negativistas, opositivos, desafiadores e hostis
contra figuras de autoridade como pais, familiares e professores. Os sintomas principais são: perde a paciência freqüentemente, discute com adultos, desafia e recusa-se a obedecer
solicitações ou regras dos adultos, incomoda deliberadamente
os outros, responsabiliza-os por seus erros, parece enraivecido, ressentido, rancoroso e vingativo. Segundo o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV) os sintomas devem estar presentes por pelo menos seis meses e deve haver clara evidência de prejuízo significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional da criança ou adolescente.

Os pacientes apresentam prejuízo significativo em seu
desempenho acadêmico, constantemente se envolvem em brigas e discussões, sendo comumente rejeitados pelos colegas
do grupo escolar, e há comprometimento da auto-estima. Os sintomas iniciam-se normalmente antes dos oito anos de
idade e o transtorno desafiador opositivo apresenta-se em
número significativo dos casos como um precursor ou antecedente evolutivo do transtorno de conduta, forma mais grave de transtorno disruptivo do comportamento. A prevalência do transtorno desafiador opositivo está em torno de 2% a 16% de acordo com o DSM-IV e DSMIV-TR, sendo aproximadamente duas vezes mais comum em meninos do que em meninas. Comumente observamos a presença de transtornos comórbidos como o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtornos do humor e transtornos ansiosos..

A etiologia do transtorno desafiador opositivo não está
bem estabelecida, entretanto acredita-se que fatores genéticos associados a desencadeadores ambientais possam estar
envolvidos. O tratamento preconizado para crianças e adolescentes
com esse diagnóstico é a utilização de técnicas cognitivo comportamentais associada à orientação a pais e professores. Não há tratamento medicamentoso específico para o
transtorno, entretanto diversos artigos e trabalhos científicos relatam o uso de psicofármacos no manejo dos sintomas
opositivos e desafiadores.

O objetivo deste trabalho é a realização de uma revisão
bibliográfica na literatura a respeito da intervenção medicamentosa atual utilizada para o tratamento do transtorno. Após examinar e relatar estudos clínicos publicados entre 1990 e 2005 procura-se demonstrar a utilização da farmacoterapia no tratamento do transtorno desafiador opositivo em crianças e adolescentes. (Fonte: Gustavo Teixeira – Médico Psiquiatra, – membro da equipe do Setor de Neuropsiquiatria Infanto-Juvenil da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro)

domingo, 12 de maio de 2013

Conversava com amigos, de como o Gui já fazia companhia, Como sua presença é importante para o andamento da casa.
Ele esta mais calmo, interage muito mais, me surpreende com beijos, apertões, entende o contexo da comunicação de Libras que pra mim é um milagre. Como a escola é importante pra tudo isso.O Convívio social o traz para o nosso "mundo".
As vezes olho pra ele, mas não consigo mensurar o quanto ele ainda pode avançar, e penso que vai ser pro resto da vida sob minha responsabilidade-mas hoje já não tenho medo, porque hoje ele é minha companhia,eu gosto de estar com ele, adoro qdo vem deitar ao meu lado na cama pra dar uma descansada ou ficar de chamego na rede.
Tudo é um aprendizado, e a convivência com um autista também tem que se aprender, e aprendemos dia a dia na dor, na luta, na alegria.
Mas hoje digo- amo muito o Guillermo do jeito que ele é, sua doçura no olhar, seu sorriso safado, meu companheiro de vida.
 Qdo abro a tampa da panela de pipoca e voa pipoca pra todo lado, adoro sua gargalhada é de uma inocência- pureza, isso é apaixonante pra mim.
Meu bebe vai se tornando um menino,e lindo...