Estou muito feliz apesar da
correria , dificuldades de logística ou financeira meu coração esta tranquilo.
Atualmente tenho um
companheiro, mais que um companheiro o Gui ganhou um amigo.
Eu percebo que o amigo esta
esgotado,cansado ,até porque o Gui viu nele um canal de diversão,
companheirismo,carinho, atenção,comunicação, então esse amigo é tudo pra ele.
Ele conserta brinquedos,copia
desenhos da tela do computador,passeia com ele, compra guloseimas,cuida de sua
higiene, faz dormir, leva e busca na escola.
Toda essa dedicação trouxe a
ele mais tranquilidade, sente-se protegido, querido e teve uma grande evolução na
escola. Ter alguém pra dividir as angústias, descobertas e alegrias torna a caminhada mais leve, o que era um fardo torna-se um desafio.
Hoje ele tem como língua a
Libras, apesar do seu autismo, conseguimos nos comunicar, ele consegue dizer o
que quer, interagimos qdo andamos por aí, se vê um cavalo aponta e faz sinal, o
túnel a ponte, eu aos poucos consigo interagir estar no mundo dele, que é tão
puro, tão simples, tão inocente.
É claro que a idade vai
avançando e já é muito claro no meio das outras crianças que é um menino que apresenta
alguma deficiência, mas na escola tem interagido muito com os colegas, na
Educação Física, no Inglês, mas isso tem muito haver com a política de inclusão
da escola.
Ele tem uma interprete de
Libras que faz a ponte com todas as disciplinas . Talvez o avanço dele esteja
no foco da comunicação em vê-lo talvez como um surdo e não um autista porque o
Autista para muitos esta fadado a “viver no mundo dele” achando que são plantas
sem sentimentos.
Com o passar dos anos e
convivência com o Gui no meu caso em particular fiquei mais serena; passei a
conhecê-lo melhor; conhecer suas limitações.
E por sorte ele tem um bom
comportamento na escola , que o torna um menino muito querido no ambiente escolar e a única coisa que eu
desejo é que ele não mude, porque fora da escola ele ficaria muito ansioso e
perderia sua convivência social.
Eu sinto falta é de uma
escola especializada, porque acredito que ele tem muito potencial a ser
desenvolvido e na escola regular isso não é possível.Ele tem uma atividade 1x
por semana no contra turno de uma hora é muito pouco.
Ao acompanharmos as histórias
de outros pais fica cada vez mais claro, cada criança é única, o autismo de
cada uma é muito particular e pode ter vindo de vários fatores,alimentação, genético,
erro médico, etc. só o nome "Autismo" que designa as características que nossas
crianças apresentam nos torna um grupo comum , mas não somos nada iguais.
Qual a melhor terapia,
abordagem,método, isso cabe cada bolso, credo e intuição, o que não pode é
deixar a criança sem fazer nada achando que não é capaz.
O que me incomodou nessa
caminhada, pessoas que se aproximam da gente pra ganhar dinheiro, métodos fantásticos,
dicotomias do tipo “ah não faz dieta, não é amigo”, não faz terapia x , não serve
, grande bobagem tudo isso; acontece muito qdo estamos desesperados ao saber o
diagnóstico e infelizmente tem quem vê lucro no desespero da gente.
E infelizmente parece que
temos que passar por essa etapa, acho que nos ajuda amadurecer dentro desse
quadro.
Uma criança que se sente
amada e respeitada dentro das suas limitações possui condições maiores para se
desenvolver dentro do seu tempo.
Amar é o melhor remédio, que
cura nosso choro, noites sem dormir, cansaço crônico.
Eu diria que estou numa fase
apaixonada, apaixonada pelo meu filho, pelo sorriso dele, os gritinhos de
alegria, as mãos que “falam” e as novidades diárias.
Dificuldades? Muitas claro,
mas se focar nisso, tudo para por aqui e pra frente é que se anda.
Conheci seu blog hoje. Muito lindo, parabéns! Tb sou mãe de um menino autista de 5 anos.
ResponderExcluir