Essa semana
que passou fiz um curso com uma arquiteta que projeta escolas diferentes,
falamos de Educação, etc.
E automaticamente
me veio à fase que eu vivia pesquisando horas e horas coisas na internet sobre
autismo e lembro muito qdo caí nos assuntos de um método que sugeria “um quarto”.
Na época eu fiquei inclusive triste,
angustiada pq eu não tinha dinheiro para fazê-lo, que alguns diziam que eu
precisava fazer pra curar o meu filho e eu não tinha da onde tirar dinheiro.
Lembro que
dizia que o quarto não deveria ter muita informação, estímulo entre tantas
coisas.
Tinha feito
um quarto pros meninos (dividiam o quarto) todo colorido, paredes, cortinas, almofadas
super lindo.
Eu não tinha
dinheiro nem espaço então logo fui pegando uma tinta branca e “apagando” tudo
pq achava que o quarto o deixava mais “doente”.
Porque
quartos alegres não eram pra Autistas.
Toda aquela
alegria ficou branca, ficou neutra, eu tentava fazer algumas das atividades
propostas pelo método, mas ele não correspondia, não se interessava e me sentia
culpada.
O tempo
passou hoje o quarto dele tem muitos desenhos coloridos que ele mesmo pintou, e
colou nas paredes, vive com lápis de cera colorindo seus desenhos.
Seu maior
tesouro são os desenhos que o padrasto copia a mão pela tela do computador pra
ele colorir é uma caixa imensa, cheia.
No quarto brinquedos
pra todo lado, adesivos colados por todos os móveis do quarto dele, tive que
limitar se não ia pela casa inteira.
Um quarto
cheio de estímulos que ele mesmo deu conta de colorir.
Eu costumo
dizer que com o andar da carruagem as abóboras se acomodam no meu caso esse
acomodar não é no sentido de parar, ou ficar na zona de conforto.
É ganhar
maturidade, compreensão um olhar diferente, entender e acolher essa criança tão
diferente, tão especial, tomar muito cuidado com pessoas que se aproveitam da nossa
fragilidade pra ganhar dinheiro.
Pessoas que
estudam um assunto via internet, por exemplo, e já sai por aí dizendo
especialista, cuidado, informe-se com outros pais, converse com pais que já
tenham filhos com idades mais avançadas, experiência conta muito!
E nunca
esquecer, cada um é de um jeito, o que pode ser bom pro meu poderá não ser pro
seu filho.
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